🔬 Medicamentos, patentes e sermões

Juntem-se a nós para perceber a velocidade com que mudam as opiniões consoante a entidade que usa uma patente! Artigo do Diário de Notícias.

No passado dia 24 de agosto foi noticiado que cientistas portuguesas descobriram 3 remédios que fragilizam o vírus SARS CoV-2. O Diário de Notícias tem um artigo detalhado sobre todo o percurso que culminou com o processo de registo de patente, o qual aconselho a quem tenha curiosidade a ler.

Basicamente as investigadoras do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade NOVA de Lisboa, que lideraram a investigação, conseguiram o feito de identificar em laboratório 3 compostos que enfraquecem o vírus e abrem as portas, para que tendo sucesso nas fases subsequentes, possamos vir a ter medicamentos contra a doença.

A cereja no topo do bolo desta história é que não termina pela descoberta, mas sim pela decisão da equipa de salvaguardar os direitos sobre a descoberta iniciando o processo de registo de patente.

Ora uma patente é um direito exclusivo que se obtém sobre uma solução técnica para resolver um problema técnico específico. Esta definição abrange também compostos biológicos ou processos novos de obtenção de substâncias ou composições já conhecidas.

E porque é que as patentes são importantes? As patentes permitem atribuir direitos sobre invenções, que no caso da indústria farmacêutica, tem elevados custos de investigação e desenvolvimento. Se não vejamos o tempo e os recursos técnicos e humanos altamente qualificados que são necessários para efetuar os necessários avanços científicos.

Não deixa de ser paradoxal que parte das forças políticas de esquerda defendam o levantar de patentes sobre as vacinas, não entendendo que este seria o princípio do fim do modelo económico que permitiu ter na história da humanidade o desenvolvimento mais rápido de soluções para o controlo da doença.

Onde estão essas mesmas vozes hoje quando sabemos que os nossos investigadores procuram salvaguardar os seus direitos fortalecendo assim a capacidade científica das nossas instituições?

Razão para dizer “Bem prega Frei Tomás”.

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