👩🏫 Educação universal mas apenas para alguns
Começou mais um ano letivo e como não podia deixar de ser vou falar de um dos problemas que se continua a arrastar no nosso sistema de ensino, a falta de 🏃♂️ competitividade e a falta de poder de escolha na altura de decidir 🏫 onde e como se quer 📚 estudar.
Esta semana foi o início de mais um ano letivo. Cerca de 1
milhão e trezentos alunos iniciaram o ensino básico e secundário, no entanto o
nosso sistema de ensino continua a limitar a liberdade de escolha da população
no momento de selecionar o estabelecimento de ensino para a sua educanda ou
educando.
Esta forma de funcionar é perniciosa pois não fomenta a
competitividade entre escolas para atrair alunos ficando exclusivamente
dependente da evolução da população na área de residência.
Outro fator discriminatório é a atribuição de benefícios a
quem estuda no ensino público versos quem escolhe muitas vezes com grande
sacrifício o ensino privado. No ano passado fruto da crise pandémica já
tínhamos assistido a um debandar de alunos para o privado, e este continua a
ser a única forma que um encarregado de educação tem para escolher a escola que
melhor se enquadra com as suas particularidades (sejam elas rankings,
proximidade, estrutura familiar…), vendo-se assim arredado do ensino público.
Este ano mais uma vez continuamos a assistir ao ensino
público a ser usado como instrumento de políticas discriminatória - políticas
essas que diferenciam agregados familiares não pelas suas condições socioeconómicas,
mas sim pela escolha do estabelecimento de ensino. São, ironicamente, os que
mais clamam pela Constituição os primeiros a contrariarem os seus valores.
Falo mais concretamente, da gratuitidade dos manuais
escolares a todos os estudantes que frequentem a escolaridade obrigatória na
rede pública. Uma medida que é anunciada como um fator de igualdade de acesso
ao ensino, é usada como uma forma de agravar diferenças entre a população e de
desperdício de recursos escassos, tratando o que é diferente da mesma forma, e
o que é igual de forma diferente.
Apenas se compreende a gratuitidade dos manuais escolares
como uma forma de populismo barato, ao nível do que o atual governo critica
noutros sectores políticos da nossa sociedade, privando, além do mais, quem realmente
precisa da ajuda efetiva e justa para que os seus filhos e filhas tenham acesso
ao elevador social.
Citação de Walter Lippmann, escritor
e jornalista norte americano do século XX - “Quando todos pensam da mesma
forma, então ninguém está a pensar.”
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