🧀 Eleições e queijo

Junta-te a mim para perceberes como é que as eleições podem influenciar o queijo regional e vice-versa! Vamos também falar sobre como o evitar. Proposta de reforma do sistema eleitoral da SEDES.

A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) apresentou na passada semana um projeto de reforma eleitoral que propõe um sistema de duplo voto nas eleições legislativas.

No boletim de voto o eleitor poderá votar no partido da sua escolha como o faz hoje contribuindo para eleger alguém de uma lista do partido e também votar no nome de um candidato da sua região.

Ou seja, passaríamos no boletim de voto a votar de duas formas – para um partido e para um candidato da nossa preferência (independentemente do partido a que pertencesse julgando apenas a sua competência e propostas). Neste sistema metade dos deputados seriam eleitos por voto direto nos candidatos, e a outra metade pelo sistema de listas que existe hoje. Pegando num exemplo concreto - Cascais elegeria 2 deputados por voto nos candidatos, 1 por Cascais, Estoril e Alcabideche e 1 por Carcavelos, Parede e S. Domingos de Rana e 2 via listas partidárias.

As vantagens deste sistema é que poderia melhorar a relação entre eleitores e deputados, uma vez que se saberia o nome dos deputados eleitos por voto direto, contribuindo para um maior envolvimento das pessoas na política com a consequente diminuição da abstenção. Segundo a SEDES esta proposta não requer uma revisão constitucional.

Um dos grandes receios de alterar a lei eleitoral é introduzir mais situações como a que aconteceu no ano 2000 onde o orçamento de estado foi aprovado duas vezes através da abstenção de um deputado da oposição. Em troca o governo na altura aceitou um conjunto de investimentos no distrito de Viana do Castelo, que incluía impedir a deslocalização da fábrica do Queijo Limiano.

Ora segundo a SEDES o modelo proposto é utilizado já à várias eleições na Alemanha com resultados que nunca causaram situações como a do queijo limiano.

Olhando para a proposta também me parece que é uma oportunidade de ter uma maior ligação entre deputados e as pessoas que os elegem, evitando fenómenos como a excessiva regionalização do parlamento uma vez que metade dos deputados continuam a serem eleitos por listas.

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