💯 Como os resultados escolares dos alunos de hoje podem ditar o que tu ganhas amanhã
Qual a relação entre os resultados escolares dos nossos 🧑🎓 alunos e a criação de 💰 riqueza? Estamos a dotar a nova geração das ⚙️ ferramentas necessárias para o seu sucesso? De que forma é que o seu sucesso nos impacta? Neste episódio irei responder a esta e outras perguntas.
Esta semana deparei-me com uma notícia de agosto no
semanário Expresso. Este artigo diz de forma resumida que cerca de 70 escolas
(públicas e privadas) que decidiram avaliar os conhecimentos de matemática dos seus
alunos do 9º ano, tiveram uma surpresa. A média nesse exame foi de 38%. Além
disso 3 em 4 alunos obtiveram no máximo 53%.
Os exames foram realizados pela Sociedade Portuguesa de
Matemática que são disponibilizados às escolas que manifestam interesse para
diagnosticar como os seus alunos se estão a sair, quando comparados com os
alunos de outras escolas, mas sem haver uma elaboração de rankings. O objetivo
é identificar áreas positivas e de melhoria dentro da matemática que permita aos
docentes afinarem estratégias.
Poderás estar a pensar: Ainda bem que já não preciso de
estudar matemática, ou que grande seca. Manterias a tua opinião se isto
implicasse que o que vais ganhar dentro de 6 anos fosse menos do que ganhas
agora?
Estes resultados, para além de ilustrarem o declínio do
nosso ensino que começou a ser evidente em programas de avaliação internacional
como o Programme for International Student Assessment (Programa de Avaliação
Internacional de Estudantes tb conhecido por PISA) indicam-nos que caminhamos
para um futuro mais difícil para todos.
E digo isto porque segundo um estudo da OCDE melhores
resultados no PISA estão relacionados com a evolução positiva do nosso produto interno
bruto. Ou seja, melhor desempenho escolar, mais riqueza e oportunidades para
quem cá vive.
Ainda mais preocupante é o parecer da SPM relativamente às
Novas Aprendizagens Essenciais para o Ensino Básico que visa ser o único
referencial para a matemática no ensino básico. Este parecer conclui, entre
outras coisas, que “Sem um referencial curricular seguro, sem descritores de
desempenho, não é só a avaliação formativa que fica comprometida, mas também a
avaliação sumativa”. Ou seja, não existe forma de objetivamente medir o grau de
aprendizagem dos alunos. Ou dito de outra forma, vamos navegando à vista e
esperando o melhor.
Citação de Agostinho Silva, filósofo, poeta, ensaísta, professor, filólogo, pedagogo e tradutor português do século XX - “Por muito cuidado que se tenha, educar é podar; deixar crescer com toda a força o ramo que nos agrada.”
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