🗳️ Eleições nas escolas e como hábitos antigos custam a mudar
A maioria de nós reclama quando se depara com o típico 🤡 circo das campanhas eleitorais e a forma como os políticos se comportam a distribuir 😗 brindes e promessas na esperança de comprar ✌️ eleitorado. Neste episódio vou falar de uma das causas para este problema e como o podemos resolver.
No inicio deste ano foi notícia que Portugal perdeu a
denominação de democracia plena passando a ser uma democracia com falhas, num
estudo da revista “The Economist”. Mas em que é que isto se reflete na nossa
vida?
Vou vos dar um exemplo: esta semana assisti a uma festa à
entrada de uma escola. Demorei na altura
ainda a perceber o que se passava, mas rapidamente percebi quando ouvi esta
troca de palavras entre um adolescente e uma criança - "Toma lá uma
pulseira e não te esqueças de votar em nós". Estava a assistir à campanha
para a associação de estudantes. Vim mais tarde a saber que os alunos que já passaram
por mais de uma eleição sabem que é raro, para não dizer nunca, as promessas
efetuadas serem cumpridas. Este episódio ilustra bem a primeira experiência que
os nossos filhos têm com a democracia.
Ora não é isto que eu quero que os meus filhos pensem que é
uma eleição. Por isso a questão é como é que se altera este estado de coisas? Temos
já há alguns anos nas escolas a disciplina de cidadania e desenvolvimento que
contempla a temática das instituições e participação democrática. No entanto,
pelo exemplo testemunhado não me parece que estejamos a formar os próximos líderes
políticos para serem diferentes dos que existem atualmente. Basta observar
qualquer campanha política para constatar as semelhanças, com o agravante que
estamos a falar de hábitos que parecem vir de tenra idade.
Voltando ao nosso exemplo, houve algum apoio às listas para
a formação de um programa? De que forma a escola é envolvida para a explicação
de que órgão se trata (a candidatos e alunos)? Que apoio houve na construção de
um plano de comunicação? Todos estes temas podem ser alvo de trabalho
interdisciplinar sendo uma oportunidade para finalmente esta palavra deixar de ser
apenas um chavão, que fica bem na boca dos responsáveis das escola e
professores, e finalmente passe à prática contribuindo para uma sociedade mais
interventiva, curiosa, critica e democrática.
Porque se não ensinamos agora não podemos esperar diferente
no futuro.
Citação de Erasmo de Roterdão, teólogo
e filosofo holandês que viveu entre o século XV e XVI - “Não há nada de tão
absurdo que o hábito não torne aceitável”
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