🧮 Orçamento de estado e como as melhores coisas na vida são gratuitas, mas pagam imposto

Todos gostamos de coisas 🆓 gratuitas, desde brindes a boas promoções. Com o orçamento de estado deste ano continua a promessa de mais 🤑 milhões para tudo e todos. Mas será este o papel principal de um orçamento? Será esta a 🙋 pergunta que interessa fazer? Vem daí perceber o que 🧐 realmente interessa quando se fala de orçamento.

Orçamento. Esta última semana na esfera política não se fala de outra coisa. Entre mais dinheiro para isto e para aquilo, mas afinal isto o que é que tem que ver com a nossa vida?

O orçamento de estado representa como é que os vários mil milhões de euros de despesa do estado estão planeados serem executados e respetivas fontes de financiamento (impostos, taxas, dívida…). Ou seja, é um instrumento para definir como o estado irá gastar o nosso dinheiro e o dinheiro dos credores na sua atividade que inclui pagar salários aos funcionários públicos, pensões, escolas, hospitais...

Como o Carlos Guimarães Pinto teve a oportunidade de dizer cerca de 95% deste orçamento já está definido (despesa fixa e compromissos efetuados). Não há possibilidade de lhe dar outro destino caso contrário coisas como salários e pensões poderiam não ser pagos.

Segundo os dados oficiais de 2020 a despesa corrente do estado, ou seja, dinheiro para pagará exclusivamente salários, aquisição de bens e serviços, juros, subsídio entre outros, foi de 59 mil milhões de euros e arrecadou como receita corrente, que exclui as contribuições europeias, 47 mil milhões. Ou seja, em 2020 gastámos mais do que aquilo que o estado conseguiu arrecadar de receita. Nos último 26 anos, excetuando em 2019, tem sido esse o panorama do estado português. Um estado que para o seu dia-a-dia precisa de gastar mais do que o país é capaz de contribuir.

Num país em que se assiste, cada vez mais, a um aumento dos custos correntes do estado e em paralelo ao degradar dos serviços que presta, estamos a tornar o problema pior com cada ano que passa.

Este é o verdadeiro drama do orçamento de estado. E a pergunta essencial que não é feita e muito menos respondida é como tornamos o estado mais eficiente, permitindo o acesso a um conjunto mínimo de oportunidades para todos (saúde, educação, segurança…) saindo da frente de quem desenvolve a sua atividade. Por isso não te esqueças de fazer a pergunta quando ouvires falar de crises políticas e negociações de medidas.

Citação de Milton Friedman, prémio nobel da economia em 1976 - “A solução do governo para um problema é geralmente tão má como o problema”

Twitter | Facebook | Instagram | Telegram | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Google Podcasts | lastcoke@outlook.pt

Comentários

Mensagens populares deste blogue

♻️ O caminho para a sustentabilidade e como as decisões de hoje moldam o amanhã

🕵️‍♀️ O caso da cadela esventrada e a decisão do Tribunal Constitucional

🥸 À mulher de César não basta ser séria