🏫 O direito a escolher a melhor educação

Esta semana ficámos a saber que o ⚖️ supremo tribunal administrativo recusou um recurso aos 👪 pais dos alunos chumbados por faltas a "Cidadania” por não lhes reconhecer o direito de objeção de consciência que tinham invocado. Nesta situação com múltiplos episódios quem tem razão? O que está a causar este confronto?

Esta semana ficámos a saber que o supremo tribunal administrativo recusou um recurso aos pais dos alunos chumbados por faltas a "Cidadania” por não lhes reconhecer o direito de objeção de consciência que tinham invocado.

Não querendo entrar no detalhe da decisão, esta notícia levanta duas questões pertinentes que devemos refletir. Se por um lado, os encarregados de educação defendem o seu interesse de escolher o que os seus educandos aprendem de acordo com as suas convicções, por outro o que seria de uma educação da população onde cada um poderia escolher à lá carte o que iria aprender ou não. No limite poderíamos ter alguém que acredita que a terra é plana e não querer que os seus educandos frequentassem a disciplina de ciências.

Além disso é muito relevante que esta celeuma surja relativamente às aulas de cidadania. Esta disciplina tem conseguido o impossível de desagradar simultaneamente a professores, encarregados de educação e alunos. Para alguns alunos que completam os vários anos da disciplina são incapazes de articular o que aprenderam, para os professores já há alguns anos que a disciplina é recorrentemente criticada pela sua indefinição e aulas sem qualquer estrutura ou propósito, tendo-se tornado motivo de chacota, e para os encarregados de educação é criticada por aqueles que não partilham os valores relacionados com alguns dos conteúdos.

Assim sendo cumpre perguntar para que serve mesmo a definição de cima para baixo deste tipo de conteúdos curriculares? Não seria mais produtivo dar autonomia às escolas para a definição do seu programa curricular e dar aos encarregados de educação e alunos a oportunidade de escolher a escola que mais se aproxima do projeto educativo que procuram?

No meio disto tudo sabemos que existem dois alunos que segundo consta têm média de 5 enrolados no meio desta guerra. Sinceramente gostaria de saber o que pensam esses alunos da situação e qual a sua opinião sobre frequentaram as aulas de Cidadania. Se calhar seria um bom barómetro sobre o que melhor serviria a estes adultos em formação. Caso contrário temos duas instituições (o estado e os pais) a decidirem por eles, e num caso em clara contradição com o argumento usado.

Citação de Milton Friedman, prémio nobel da economia em 1976 - “Nem toda a educação é ensino, nem todo o ensino, educação”

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