🏃 Soluções rápidas e fáceis
Quem já 👂 ouviu que todos os problemas do país se resolviam com um conjunto de pessoas 🐵 bem-intencionadas? Neste episódio vou falar de como boas intenções não bastam e como realmente se podemos começar realmente a resolver os problemas que temos.
Não há dia que eu não oiça frases como “temos de ter
governantes sérios” ou “precisamos é de fazer os investimentos importantes”, isto
relativamente aos vários problemas que o nosso país enfrenta, como a falta de crescimento
económico crónico ou sobre os inúmeros problemas de ineficiência desde a saúde,
passando pela educação, justiça e outros.
Por trás deste tipo de afirmações muitas vezes está a ideia
que bastava ter boas intenções para qualquer pessoa conseguir implementar um
conjunto de ações rápidas e fáceis para resolver os problemas. Por exemplo, se
o problema é listas de espera para cirurgia longas basta contratar mais meios
para a saúde, se o problema é escolas públicas sem professores basta contratar
mais e por aí fora.
Tudo o que é necessário é existirem pessoas bem-intencionadas
e competentes. Isto em claro contraste com o que temos hoje.
No entanto, a raiz dos problemas de uma entidade de 10
milhões de pessoas raramente tem causas simples e diretas. Voltando a pegar nos
exemplos anteriores, as causas de uma prestação de cuidados de saúde ou de
educação ineficientes tem que ver com o conjunto de incentivos que existem
nesses sectores que os fazem caminhar para o estado atual. Por exemplo o que
faz com que uma equipa de professores no público queira criar um projeto
educativo diferenciado e prestar um serviço melhor que as suas congéneres? Tanto
faz se eles trabalham mais ou menos porque no final do dia o número de alunos
que recebem no ano seguinte é o mesmo. O que determina o número de alunos numa
escola pública é a demografia da sua região e a capacidade económica da população,
que num pai estagnado há 20 anos tem tendência para não mudar muito.
Ou seja, por muita boa vontade que essa equipa de
professores tenha é irrelevante o esforço que dedicam, uma vez que a escola irá
sempre estar dependente de algo que não conseguem controlar.
Como vemos de pouco vale haver boas intenções num sistema de
incentivos que não premeia o comportamento desejado. É por este motivo, que a
iniciativa liberal defende que as pessoas devem poder escolher, escolher a
escola, o centro de saúde, o hospital etc… e que essas instituições vejam
recompensado o seu trabalho pela escolha que cada um de nós faz. Premiando quem
se destaca por um serviço de excelência e desincentivando quem presta um serviço
que não interessa. É ser livre para escolher que informa as pessoas bem-intencionadas
para onde devem direcionar os seus esforços e não uma qualquer instituição do
estado.
Ditado popular- “Bom e barato, não
cabem no mesmo saco”
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