😶‍🌫️ Estado omnipresente e sonhos adiados

Somos dos estados da união europeia com o 🏅 maior número de escalões relativo ao 🧾 imposto sobre o rendimento. Quais as consequências para ti de um excesso de progressividade? Que alternativas?

O Instituto Mais Liberdade publicou esta semana um quadro que resume o desequilíbrio em que vivemos como sociedade. Segundo o instituto 5% dos agregados familiares representam 30% do IRS liquidado e 27% representam menos de 1%. Este facto é assente no princípio de que quem tem menores rendimentos deve pagar menos imposto, e quem tem mais deverá contribuir mais. O racional é que quem mais pode, mais deve contribuir para redistribuir por quem tem mais dificuldades.

No entanto é falso que quem mais precisa ficará com perspetivas de vida melhores por haver essa redistribuição. Esta situação é bem ilustrada por quem começa a sua vida ativa e se depara com anos de condições precárias e salários baixos, adiando cada vez mais escolhas básicas como a de ter filhos.

Se olharmos para o que tem sido feito para estimular a natalidade, constatamos que são ajudas insuficientes para que as famílias mais jovens tenham condições para ter filhos, já para não falar de um maior número de filhos, e vemos isso na queda constante da natalidade.

O problema não está na falta de redistribuição de riqueza, mas sim no desenvolvimento anémico da economia portuguesa e na gaiola dourada do mercado de trabalho que cristaliza as empresas e empregados durante décadas à custa de quem começa a sua carreira profissional. Além disso, o modelo atual com um número de escalações dos maiores da Europa, desincentiva a evolução dos salários uma vez que quanto mais alto o escalão maior percentagem que o estado confisca.

Enquanto Portugal não quebrar o ciclo de estagnação económica dos últimos 20 anos, que nos prende a um modelo de redistribuição sem geração de riqueza não haverá esperança para quem mais precisa, apenas mais pessoas a engrossar as suas fileiras.

É necessário que o estado deixe de ser um peso sobre os ombros da população para que a economia seja liberta do seu jugo estatizante e sejam criadas as oportunidades de subir na vida com que todos, sem exceção sonhamos.

Oscar Wilde - “Viver é a coisa mais rara do mundo - a maioria das pessoas apenas existe.”

Twitter | Facebook | Instagram | Telegram | Youtube | Spotify | Apple Podcasts | Google Podcasts | Blog | lastcoke@outlook.pt

Comentários

Mensagens populares deste blogue

♻️ O caminho para a sustentabilidade e como as decisões de hoje moldam o amanhã

🕵️‍♀️ O caso da cadela esventrada e a decisão do Tribunal Constitucional

🥸 À mulher de César não basta ser séria