📈 Inflação, empréstimos e o custo da incompetência do estado

A taxa de inflação está mais 💥 alta. Segundo o INE a taxa de inflação homologa em 📅 novembro é de 2,6%, numa trajetória de subida desde o início do ano. Quais as consequências para o teu dia a dia e para a nossa vida enquanto sociedade?

A taxa de inflação está mais alta. Segundo o INE a taxa de inflação homologa em novembro é de 2,6%, numa trajetória de subida desde o início do ano.

A taxa de inflação é o aumento do nível geral dos preços. Ora isto quer dizer que quando a inflação aumenta perdemos capacidade de continuar a consumir como antes, uma vez que para comprar os mesmos produtos que no ano anterior vamos pagar mais.

Para combater este fenómeno, uma das medidas usadas pelos bancos centrais é o aumento da taxa de juro com que emprestam aos bancos comerciais, tornado o dinheiro mais caro. Isto tem como efeito diminuir o volume de dinheiro em circulação “arrefecendo” a economia do lado da procura e consequentemente diminuindo a pressão nos preços.

Isto será uma questão de tempo e é uma decisão do Banco Central Europeu estando apenas em discussão quando é que tal acontecerá.

Mas qual será consequência para ti de uma subida da taxa de referência? Por um lado, isto irá fazer com que as taxas de juros dos empréstimos e depósitos suba, logo haverá mais apetência para poupar e menos para o endividamento. Isto também quer dizer que pessoas que tenham empréstimos com taxas de juro variáveis irão ver a sua taxa a subir.

No entanto a nível nacional a consequência será a uma escala diferente, por um lado quando Portugal for contrair nova divida pública as taxas de juro serão maiores. Ou seja, iremos pagar mais do que hoje pelo dinheiro que iremos necessitar uma vez que continuamos com um maior nível de despesa do que de receita pública. Já falei aqui nesse aspeto no episódio de 18 de outubro, “Orçamento de estado e como as melhores coisas na vida são gratuitas, mas pagam imposto”.

Se Portugal não fizer alterações na forma como o estado gere os serviços que presta, então só resta diminuir a qualidade dos serviços prestados como o governo atual de esquerda tem feito durante os últimos seis anos com os resultados ao nível da saúde e ensino que conhecemos, ou então continuar a taxar os portugueses como se vivessem nos países nórdicos. Nunca é de mais relembrar que Portugal vive atualmente com a mais elevada carga fiscal sobre o trabalho desde 1995, sendo paradigmático que com tal valor de impostos, continuemos com um serviço de saúde que no último ano que deixou mais de um terço de portugueses com as suas necessidades de saúde por satisfazer, estando apenas a Hungria atrás de Portugal.

Por todos estes motivos não podemos continuar a gerir a nossa vida alheados do que se passa à nossa volta. Devemos a nós, e aos nossos filhos, um pais menos carregado de divida gerindo de forma mais eficiente o que temos, tirando partido daquilo que a sociedade civil já é capaz de fazer hoje na educação, saúde, transportes e muitos outros sectores.

Milton Friedman - “Inflação é taxação sem legislação”

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