📺 Quanto te custa a RTP
Sabes em que consiste o 📢 serviço público de 📡 radiodifusão e de televisão prestado pela RTP? Sabes quanto pagas por ele?
Todos os meses na fatura da eletricidade aparece o débito de
2,85 EURO mais IVA, referente à taxa audiovisual que serve para financiar a prestação
do serviço público de radiodifusão e de televisão.
Este valor, que ascendeu no ano de 2020 a 180,6 milhões de
euros, é transferido na totalidade para a Rádio e Televisão de Portugal SGPS
que detém os canais televisivos RTP e os canais de rádio como a antena 1,2 e 3,
RDP África, Internacional e Madeira.
Esta semana a entidade reguladora dos serviços energéticos (ERSE)
veio propor retirar a tarifa audiovisual da fatura da luz passando a ser cobrado
pelos operadores de TV por subscrição. Esta proposta, sendo aprovada, significa
que o valor a cobrar ao consumidor final seria substancialmente superior, uma
vez que o serviço de TV por subscrição em Portugal tem 4,3 milhões de
assinantes, enquanto a taxa audiovisual é paga atualmente por cerca de 63 milhões
de pessoas (este valor é superior uma vez que existem consumidores que pagam
apenas 1 euro devido à sua situação económica). Ou seja, o valor que hoje é entregue
à RTP teria de ser suportado por muito menos pessoas.
No entanto a questão aqui não é tanto passar a batata quente
de um conjunto de consumidores para outro, mas sim porque deve o estado financiar
estações de televisão e rádio num mercado concorrencial como o que existe atualmente?
Não seria mais benéfico contratar os serviços necessários a quem preste o
melhor serviço ao melhor preço? Afinal o
que é o serviço público de radiodifusão e de televisão?
No contrato de concessão que o estado assinou com a RTP
temos obrigações que num mercado concorrencial estão ultrapassadas, por exemplo
“assegurar a acessibilidade dos cidadãos residentes aos serviços por si
difundidos” ou ter “uma programação diferenciadora”. Estaremos dispostos a sustentar
um serviço para a “promoção económica e cultural de Portugal além-fronteiras”
onde atualmente já existe oferta privada na mesma área? Será esta a prioridade de
um país profundamente endividado e com serviços críticos a rebentar pelas costuras
ou apenas um capricho de governantes que ligam mais à ideologia e menos às reais
necessidades das pessoas?
Edward Murrow - “Uma
nação de ovelhas irá gerar um governo de lobos.”
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