💉 Vacinação de reforço para quem tem cartão do partido
Com menos de 20 dias para as 🗳️ eleições e andamos com regras e sistemas arcaicos a tentar garantir o direito ao voto para todos. Para além disso continuamos a desbaratar recursos de vacinação abrindo 🪠 exceções para não se sabe bem o quê!
Recentemente tem sido tema a votação por parte de pessoas confinadas.
Muitas soluções foram aventadas para o ar, mas grande parte bate na trave
quando começamos a pensar nas restrições logísticas da coisa.
Se não vejamos, foram sugeridas várias soluções que passavam
por duplicar as mesas de voto criando circuitos independentes, mesas em drive-thru
e um sem número de combinações. No entanto todas estas soluções esbarram num
facto difícil de mudar que é os cadernos eleitorais serem físicos (em papel) e
como não se controla quem está isolado ou não, é praticamente impossível
garantir que uma pessoa vota apenas uma vez. Nestas soluções os cadernos
eleitorais teriam de estar duplicados nas mesas de voto para confinados, sendo
possível a uma pessoa que está confinada depois de votar nessa mesa especial,
deslocar-se à sua mesa de voto tradicional e voltar a votar.
Parte de uma solução passa pelo uso de tecnologia, que com
menos de 20 dias para a votação avizinha-se difícil ou mesmo impossível de
implementar. Uma alternativa seria controlar o estado de isolamento de todos os
que se deslocam às mesas de voto por um qualquer sistema de validação ou a
desmaterialização dos cadernos eleitorais.
Ironicamente esta situação veio também sublinhar o preço a
pagar por um país que nunca encarou a implementação do voto eletrónico
presencial de forma séria. Com este tipo de sistema teríamos muito mais opções.
Algo que ninguém contestou foi a decisão de prioritizar a
vacinação de reforço dos membros das mesas de voto. Para quem não sabe, a
grande maioria dos membros das mesas de voto são referidos pelos partidos
políticos, sendo uma pequena parte colocada pelas juntas de freguesia. Ou seja,
esta decisão está a privilegiar quem tem relações partidárias para aceder à
vacinação. Sendo a justificação o possível contacto com infetados, o que torna
estas pessoas diferentes de quem trabalha numa caixa de supermercado? Ou
qualquer outra pessoa que lide diariamente com o público em volumes bem maiores
que uma simples mesa de voto? Para além do mais todos os membros das mesas são
voluntários contrariamente a quem tem de trabalhar numa escola por exemplo.
Milton Friedman - “Eu diria
que neste mundo, a maior fonte de desigualdade tem sido os privilégios
especiais concedidos pelo governo”
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