🗑️ Votos úteis em partidos inúteis

Com o aproximar da data das eleições um dos temas que tem sido amplamente falado é o voto útil. A ideia é votar numa força política não por  💙 convicção, mas para evitar um mal maior. Mas será que o resultado não é um 💔 mal pior?

Isso é particularmente falado no caso do PSD, visto que é o partido que reúne o número de intenções de voto que permite acalentar a esperança de alterar o rumo das políticas do país.

Uma das bandeiras durante a campanha do PSD é a redução dos impostos, começando pelo IRC e posteriormente pelo IRS para relançar a economia. É dito que tem de ser feito de forma prudente e que está dependente de um quadro macroeconómico que já sabemos que dificilmente se manterá nos próximos anos, nomeadamente a inflação. Ora isto quer dizer que na melhor das hipóteses esta promessa será parcialmente cumprida.

Além disso temos alguns exemplos de como o PSD governa assim que é poder que estive a analisar.

Se olharmos para as autarquias de Lisboa e Cascais que são governadas pelo PSD temos evidencias dos instrumentos que o PSD utiliza. Olhando para a Câmara de Cascais e para a evolução dos impostos municipais de 2015 a 2022, constatamos 19% de incremento da receita cobrada. Ou seja, o resultado da governação PSD à frente da autarquia originou o mesmo aumento percentual de impostos que a governação socialista do país no mesmo período.

O caso de Lisboa começa a mostrar sinais preocupantes e ainda estamos nos primeiros meses de governação do PSD. Ora o orçamento agora aprovado passou de 165 taxas e taxinhas para 168. Além disso o executivo prevê o incremento dos impostos e taxas de 8,5% quando comparado com o orçamento do ano passado.

Mais uma vez se constata que longe de ser um partido de renovação da governação do país o PSD é o irmão mais novo do PS onde muda a cor exterior, mas o interior é o mesmo.

A alternativa passa por fazer diferente, mudando de forma clara as políticas que nos trouxeram os últimos 20 anos de estagnação. Para isso é necessário um ímpeto reformador que quebre com os moldes gastos do passado.

Walter Scott - “Construímos estátuas de neve e choramos ao ver que derretem.”

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